sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Beijo sem saudade de ti

Tenho saudade...
do beijo que nunca te dei,
da tua boca que nunca toquei,
da tua língua que nunca senti,
da tua saliva que nunca sorvi.
Quero-te beijo sem saudade de ti!

domingo, 20 de julho de 2008

Cokette

Superioridade!?
As denúncias dos piropos, insinuações e explicitações de intenções com carácter relacional físico e sexual, mais do que uma identificação e divulgação de quem as entende como manifestações variadas de uma realidade rica em multiplicidade e diversidade, despreocupadas e até com uma perspectiva hilariante sobre a diferença dos outros, ou quem sabe numa vertente auto-valorizadora que quem se atreveu a considerar-nos dignos da sua acção… pelo contrário há uma crítica que menoriza em função do estabelecimento de patamares “morais e de ética social” através da pressuposta superioridade relativamente aos casos apresentados e divulgados, numa perspectiva, quem sabe, altiva, de superioridade, não diria da raça, mas individual ou humano-evolutiva.

Tudo bem!
Por um lado, há claro uma manifestação e expressão dos entendimentos individuais sobre as coisas. Óptimo. Mais do que isso, a afirmação clara do que se pensa, sem rodeios ou meias palavras, ou sem receios de defender as causas próprias. Excelente. A liberdade concretizada numa clarificação dos pensamentos à procura das distinções com correntes diferentes, ou da aceitação e concordância entre iguais, é obviamente um exercício salutar, que hoje em dia rareia, quando se assiste quotidianamente à omissão do pensamento próprio em troca de interesses ditos menores ou mesquinhos, e até em troca da própria liberdade individual de acção e pensamento. Parabéns.

Não tão bem!
Por outro lado, verificação de indícios de uma manifestação retrógrada, de quem parece estar de mal com a vida, para quem a dinâmica evolutiva social tem de ser contida numa redoma confrangedora de restrições sob uma moralidade e éticas impostas, claro está, por um grupo que as defende, a outros que a ela têm de se submeter e obedecer, sob pena de graves penalizações e condenações. E mais grave, com uma perspectiva de que quem não age da forma “regulada”, é caracterizado por comportamentos desviantes, que a turba “superior” se encarregará, através das suas “clínicas sociais” de as acompanhar “psicologicamente”, de as consolar, regenerar, recuperar, de modo a que possam de novo ser (re)inseridas no meio da comunidade. Mas certamente, não sem antes ser estabelecido um plano gradual de integração, com vigilância e monitorização das acções e comportamentos para assegurar que não haja recaídas. Salvo seja!

Foi você que pediu!?
Não se pode compreender, a não ser à luz do que atrás está escrito, horripilantes demonstrações de desagrado pelas múltiplas possibilidades de interacção quando se “aceita” estar num “lugar público” ainda que seja no espaço intangível da cibernética. Tal como no espaço tangível, as possibilidades de interacção são múltiplas e não são controladas. Essa “fobia” de relação com o “desconhecido”, com alguém que “surpreende” (não está em causa a qualidade da acção, positiva ou negativa, mas antes a acção inesperada), que não estava prevista, e assim não estava delimitada no plano de acção e de possibilidades traçado. Parece revelar um desejo enorme de controlo e direcção sobre o que acontece, deixando pouca margem para a novidade, para o deslumbre, para o arrebatamento. E o que trás interacções que possivelmente não são bem-vindas, ou não são apreciadas, poderá também ser uma arena que possibilita as acções que poderão ser de facto apreciadas e degustadas. A diferença está a sua aceitação, e na posterior desvalorização daquelas que não apreciamos, e na valorização daquelas que a merecem, sem à partida ter um pré-conceito, sobre todas elas, mesmo porque aquelas que não apreciamos, têm o seu quê de positivo.

Desafio.
Também não é de desconsiderar os posicionamentos algo “cerimoniais”, como que com acesso barrado e dificultado, a vencer gradualmente, como se fora um jogo por patamares até se poder estabelecer contacto com a “divindade”, enquanto entendimento propositado de construção de uma marca ou marketing pessoal, de “vender” aos outros uma imagem que se quer, seja verdadeira ou construída. Nisto há também o facto de estabelecer o jogo de que algo percepcionado como inalcançável terá concerteza maior gozo e poder de atracção do que algo que fora de fácil prossecução, ou seja constituir-se como um desafio maior, e por essa via conseguir muitas mais interacções do que por outro modo.

Em busca de “amor”.
Mais a mais, o espaço desterritorializado, disponibilizado pelas plataformas sociais da Web 2.0 não é aqui diferente do espaço euclidiano, que na sequência do pensamento de Deleuze, Simondon, e Derrida, “apenas” nos oferece um novo meio de agenciamento: um agenciamento de desejo humano através da “máquina”. Ao estarem presentes neste espaço, vêem concerteza em busca de algo, com alguma pretensão, e no limite, algum desejo. Porventura alguma angústia e sentimentos pesarosos à procura de resposta, à procura de justiça aos “nossos talentos”, a cimentar os membros da sociedade em torno de um sistema de valores, a busca de aceitação, ânsia de dinheiro, fama e influência. Alain de Botton denota contudo que estes podem ser mais valorizados enquanto indícios de amor – ou meios para o alcançar – do que como fins em si mesmos, segundo duas grandes vias, paralelas e/ou convergentes: demanda do “amor sexual” ou demanda do “amor do mundo”. Se, eventualmente descontando que não estarão numa busca “cibernética” pelo “amor romântico” ou “sexual”, o que será sempre duvidoso, estarão concerteza em busca de um amor sem “dimensão sexual”, ou seja, em busca de: respeito, alvo de atenção, na expectativa de que a presença seja notada, o nome assinalado, as opiniões escutadas, as falhas olhadas com indulgência e as necessidades atendidas.

Mas como todos os apetites, os excessos também podem “matar”.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Meteorológica

a desfrutar do espectáculo retemperador e revigorante da alternância, agitação e voragem cogitante dos elementos climatéricos!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Episódio de Desejo

Seduzes-me, e fazes-me sentir um enorme desejo por ti!
Imagino o toque da campainha
Vou à porta, abro, e vens tu entrando
De forma absolutamente sedutora
A entrar pelo escritório adentro
Com um caminhar ondulante
Sensual
Percorres o espaço em torno de mim
Deixas-me zonzo
A admirar-te
Continuas a circundar-me, e vais-me deixando louco
Encostaste levemente a mim
E afastas-te de seguida
Dás-me apenas um cheirinho do teu toque
Aproximas-te e afastas-te
Eu fico ardente de desejo vendo-te continuadamente próxima e afastada, mas voltando de novo
Agarro-te
Não te deixo afastares-te outra vez
Trago-te contra mim
Abraço-te e trago-te bem aconchegada nos meus braços
Andamos e rodopiamos juntos pela sala
Aproximamo-nos das mesas
Encosto-te às mesas e fico de frente para ti
Com um arrojo desmesurado de desejo
Faço-te descair e deito-te por cima da secretária
O teu tronco fica deitado na mesa, as tuas pernas movem-se ora apoiadas no chão, ora movendo-se no ar
Eu posiciono-me bem contra o teu corpo
Entro por entre as tuas pernas
Baixo o meu tronco e o meu rosto
Até chegar ao teu, deitado na secretária
Agarro-te pelo pescoço, abraço-te e beijo-te
E com uma das mãos percorro desde as tuas pernas
Às tuas coxas
Às tuas ancas
Ao teu ventre
Às tuas mamas
Acariciando-te
Deixando a tua pele em polvorosa
Lentamente, faço subir o teu vestido, antevendo as tuas coxas agora desnudas e ansiosas pelo contacto corpo a corpo
Baixo as alças do teu vestido
Fazendo-as deslizar pelos ombros e pelos braços
Beijo intensamente o teu pescoço
Tu inclinas a tua cabeça para trás
Abres o teu pescoço para mim, acentuando o volume das tuas mamas
Elas ficam agora no plano principal de um quadro maravilhoso
Com essa perspectiva, coloco o meu rosto por entre as tuas mamas
Beijando entre elas
Beijando cada uma delas
Agarrando-te pela cintura, contigo inclinada para trás
As tuas pernas içadas no ar
O teu ventre a sentir o meu corpo pressionando-me contra ele
Os teus cabelos a descair para trás como se fossem água a cair numa cascata
Desabotoas a minha camisa
Ela vai-se soltando e deixando o meu peito à tua mercê
Percorres com as tuas mãos o meu peito
Levantas-te um pouco e sentas-te na secretária
Encostas-te a mim
Colocas os teus braços por entre a minha camisa, envolvendo-me por trás das costas
Abraçamo-nos forte e ficamos encostados tronco com tronco
A minha pele contra a tua
O meu peito no teu
O teu peito no meu
E beijamo-nos de novo
Vais baixando as tuas mãos
Em direcção às minhas calças
Começas a abrir o meu fecho
Massajas-me por cima da roupa
Fazes-me ficar louco
E tu sentes que ele cresce de desejo
Eu contínuo a percorrer o teu corpo
Afagando todos os teus recantos e enchendo-te de carícias
Então desabotoas as minhas calças
Sentes que ele está crescido esperando por ti
Colocas a tua mão por entre as calças abertas e por entre as cuecas
Tocas-lhe sem nenhuma interferência
Sentes-lhe a corrente sanguínea
Fervendo
Aumentando-lhe a temperatura
Eu vou ficando cada vez mais louco de desejo
Começo a tocar-te nas coxas e nas virilhas
Vou-me aproximando das tuas cuecas
Começo-te a tocar ainda com cuecas
Sinto a tua temperatura, como ficas cada vez mais quente
Sinto o teu monte
Levanto as tuas cuecas e coloco os meus dedos por dentro delas, e vou-te acariciando
Na tua envolvência
E de fora
Como sinto o teu calor!
Como estás quente!
E como é fascinante sentir a tua temperatura a subir e a subir
Continuo a acariciar-te
Agora nos teus lábios vaginais
Coloco os meus dedos em cima deles como se tivessem deitados num leito de prazer
Suavemente faço os meus dedos entrarem dentro de ti
Acaricio-te por dentro
Sinto a tua humidade
Untando-me de prazer
Tu estremeces
Envolves-me com as tuas pernas e abraças-me puxando-me contra ti
Pressiono-te e fricciono-te por dentro
Com a outra mão percorro o teu tronco
Desde o teu ventre, o teu umbigo, subindo até as tuas mamas
Ponho a minha mão sobre cada uma delas
Em forma de concha tentando absorver o máximo delas
Pressionando-te levemente, sinto o teu sangue a correr dentro de ti
Numa velocidade frenética de desejo imenso
Moves-te um pouco
Baixas as minhas calças e as minhas cuecas
Que ficam caídas e presas aos meus pés
O teu vestido está agora enrolado como se fora um cinto na tua anca
A parte superior também foi baixando até aí
E a parte inferior fui levantando até aí
Quase todo o teu corpo está apenas coberto pelo ar
Ou pelo meu próprio corpo
Acaricias-me
Deixas-me cada vez mais louco
Eu também, com os meus dedos dentro de ti
Só o fazem ficar mais danado por querer ser ele a estar dentro de ti
Ele fica morrendo de desejo
Dispo as tuas cuecas
Fazendo-as deslizar pelas tuas pernas, acompanhando-as com as minhas mãos
Até que saiam por cada um dos teus pés
Beijando as extremidades dos teus dedos dos pés
E dando pequenas mordidas ao mesmo tempo que vou mexendo com as mãos e os dedos fazendo pequenas massagens nos teus pés
Com as minhas mãos vou subindo as tuas pernas
Joelhos
Coxas
Até chegar aos teus flancos
Agarro-te convictamente e puxo-te contra mim
Deslocas as tuas pernas num movimento de abertura, deixando-me preso dentro delas como se me abraçasses com as pernas
Puxas-me para junto de ti
Pego nele e lentamente vou-me aproximando de ti
Primeiro só com um ligeiro encosto
Depois fazendo alguma pressão
Fazendo entrar a sua parte superior
Estou a iniciar uma nova loucura dentro de ti
E começo-te a sentir verdadeiramente
Sinto que o recolhes de uma forma magnífica
Untando o seu caminho
Vou estando cada vez mais dentro de ti
Até que não sobra mais nada do lado de fora
E preencho-te por inteiro dentro de ti
Nós assim unidos num desejo de união e de prazer louco e intenso
Como é maravilhoso este momento
Encostamo-nos um no outro, sem que sobre espaço entre nós
Os nossos corpos num só
E beijamo-nos intensamente deixando-nos ofegantes
Tu com os teus movimentos pélvicos
Que o fazem movimentar-se dentro de ti
Que te pressiona e te fricciona
E que me dão um prazer louco
Continuamos nesta loucura de sensibilidade, de ardor
De um desejo que se concretiza
Até que nos explodimos
Eu em ti
Com um relâmpago bem forte
Oferecendo-te o meu sémen contra as tuas paredes interiores
Quentes
Faço-te receber
E acolher-me com os teus fluidos vaginais
Que são como um leito divino que me recebe e acolhe
Numa loucura de amor e paixão
E beijamo-nos e deixamo-nos cair um no outro, ofegantes e desejosos
Por um novo começo
A querer fazer acontecer tudo de novo!

sábado, 25 de agosto de 2007

O ponto final

Havia passado já algum tempo desde que estivéramos juntos. Já não conseguia suportar mais este estado de desassossego, a viver um constante apaixonar por todas as mulheres que vejo… todas também é um exagero! Mas por aquelas que me dedicam um infinitésimo de atenção!

Um estado de permanente ansiedade, a pensar que não vivo a minha vida ao máximo, que não tiro o maior partido da vida, sempre à espreita a cada esquina de poder aproveitar todas e quaisquer possibilidades, esperando não deixar nenhuma por testar. Na esperança de não desperdiçar um único segundo do pouco tempo que tenho, na busca incessante de que nessa miríade de possibilidades, há-de estar aquela que me há-de seduzir e arrebatar!

Queres-te vir! – perguntava ela sabendo antecipadamente a resposta!

Era uma pergunta redundante! Claro que me queria vir! Era escusado perguntar! Mas adorava a sua preocupação! A extrema atenção e dedicação com que me perguntava! Mais do que a mera sugestão ou predisposição apaixonada, ela fazia questão de o tornar explícito, concedendo-lhe uma força brutal de desejo carnal.

Havíamos chegado a um ponto sem retorno! Há tanto que o tempo nos tinha deixado, como se nos tivéssemos esquecido de tudo o que se passou, de tudo o que tivemos. Tínhamo-nos deixado levar, embalados pelo sonho, de amar aquilo que tínhamos encontrado!

O que resta do nosso amor?

Erguemos castelos, e saltamos muralhas… as mesmas muralhas que agora nos separam e defendem um do outro!

Carregamos o imensurável peso de um amor que já o foi, agora avassalado pela areia que se amontoa e sobrecarrega as paredes, levada pelos incontroláveis ventos, sopros e caprichos do coração. Mas a areia é sobrevalorizada! O que é a areia senão rochas pequenas minúsculas?!

Ela vem vestida apenas com o ar lascivo e pungente, com um calor intrínseco irradiante e contagiante. O andar simultaneamente afirmativo e ondulante. Os seios redondos palpitantes e bamboleantes em movimentos sincronizados com o andar, pequenos e belos cachos que aspiram sofregamente ser amparados, contornados, acondicionados, prensados, apalpados, beijados, mordiscados… as coxas fortes e pronunciadas que anunciam o envolvimento e que me levam, prendem e cingem-me contra a vagina quente e húmida, sôfrega pela penetração do meu pénis. Envolvo-a com os meus braços. Percorro o caminho desde a nuca até as nádegas, que agarro convictamente num movimento ascendente. Pressiono-a contra mim. Tenho agora o meu pénis enrijecido e fervilhante contra o seu ventre. A respiração acelerada e ofegante. Beijo-a louca e apaixonadamente. Ajustamo-nos um ao outro! O meu pénis está agora deitado no leito formado pelos lábios vaginais. Uma pequena e propositada hesitação que aumenta a excitação. Penetro-a! Estou dentro dela! Ela recebe-me calorosamente! Fundimo-nos! Toda o sentido do nosso amor, toda a sua razão de ser. Bastamo-nos! Não precisamos de nada nem de ninguém. Ali os dois num só, num relâmpago explosivo e luminoso de êxtase total.

Uma relação incaracterística de avanços e recuos, com uma gramática muito particular e recheada, pontuada aqui e ali na sua variedade extrema.

As interrogações: Amas-me? Queres que vá para dentro de ti? Gostas de me ter? Como é estar dentro de mim? As vírgulas, essas pequenas pausas que nos permitiam respirar, retemperar forças e retomar o fôlego. Os pontos e vírgulas que sinalizam as frases não acabadas, e que mostram toda a continuidade de algo que ainda está incompleto e está por vir sem horizonte delimitado. Os dois pontos que pausam e enunciam as enumerações do nosso amor. As exclamações de felicidade, bem estar, harmonia, de enlevo, de inebriação, de completação do sentido do todo. As reticências que marcam as interrupções propositadas nas frases, que se mostram à primeira vista incompletas, quando ditas, mas que se completam quando não ditas, porque não há necessidade: conhecemos e sabemos as palavras que terminam as frases e não as precisamos de enunciar. As aspas que acondicionam o reforço das nossas palavras e dão guarida aos versos edílicos. Os parênteses que enquanto metáforas de nós, aí integrados e apartados de um mundo exterior, por que o nosso mundo somos nós. Os parágrafos que mostram cada um dos agrupamentos de frases e de momentos, que se sucedem e dão corpo e significado a um texto, que é o registo escrito, o diário do nosso amor. Os travessões marcantes e delimitadores das nossas falas, dos nossos diálogos, ou melhor do nosso monólogo connosco próprios. As interjeições: ah, sim! Oh!

E o ponto final! A marca da pausa absoluta. A seguir a um ponto pode vir mais uma frase. Mas não a seguir a um ponto final! Tínhamos colocado um ponto final! Será que a nossa frase, o nosso parágrafo, o nosso capítulo, o nosso texto estava completo?! Não estaria concerteza, ou não estaria na busca incessante de outro amor! Porque o amor nunca está completo! Mas este certamente que tinha chegado ao seu término! Tínhamos avistado o seu horizonte e para lá era o vazio.

Um ponto! Como é que algo assim sem matéria que ‘não tem partes’, tal ínfimo elemento no espaço que não possui corpo, apenas descreve posições através das suas coordenadas, pode ser tão preponderante. Ou como Pontos, antigo deus pré-olímpico do mar, gerado por partenogénese de Gaia, que o gerou por si própria sem se acasalar. Pontus parece no entanto pouco mais que uma personificação do mar. Ele próprio com uma existência imaterializada, apenas representando essa imensidão e vastidão de águas perturbadas do desconhecido que transbordam e fustigam as praias e as suas areias.

Um ponto! Um ponto final!

Um ponto final porque “às vezes nem sempre tudo vale mais que quase nada” e “nem sempre a luz no fundo é o fim da caminhada”…

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

palavras adubadas

são palavras quais flores que eu colhi só para ti a pensar em ti, desse jardim de inspiração cultivado e enriquecido pelo adubo de uma musa como tu

Peculiar de facto...

com uma mão modela o pescoço, contorna as orelhas e afaga-lhe a nuca, simultaneamente com dois dedos faz deslizar a ténue e fina alça que marca ao de leve o local da pele por onde sustenta o vestido, desarmando a deslumbrante linha com que o ombro agora nu aguarda a proximidade do calor e o tacto sedento dos lábios que estreitam a curta distância que os separam dos seus poros. a insistente solicitude é então voluptuosamente respondida com o suave e intenso repousar de um beijo que preenche o seu ombro de um puro deleite

ou apenas uma forma peculiar de expressar um desejo
beijo