Tenho saudade...
do beijo que nunca te dei,
da tua boca que nunca toquei,
da tua língua que nunca senti,
da tua saliva que nunca sorvi.
Quero-te beijo sem saudade de ti!
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
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Amálgama de considerandos inconsequentes e demencionais,
da obscuridade e dos confins da mente,
revoltos em torrentes e vórtices autofágicos
à procura do eu e dos outros, em sedimentações
supostamente ficcionadas e falsamente biográficas.
Delta Demente
Um delta e a tortuosidade da água de um curso de água chegar ao seu destino, à foz, enquanto figuração da luta permanente e incessante da vivência quotidiana. A luta desgastante e reconfortante para vencer as barreiras e galgar a terra, na procura de novos caminhos, rumos, e novas formas de chegar ao seu destino. Que procura entendimentos e percepções sobre o eu, os outros, a vida, o amor, o desejo, a felicidade. Que busca formas de expressão e de exteriorização do íntimo. Do processo autofágico de criação demente da mente numa tortura auto-imposta de avulsão, traduzido numa sedimentação e acumulação de experiências e de vivências que enriquecem a todo o momento a passagem no tempo e pelo tempo.
Escultura
Pormenor da Porta do Inferno (1880-1917), Auguste Rodin (1840-1917).
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